Hummm... morte? O tal tema tabu? Sim, exactamente!
Não sou uma pessoa depressiva muito pelo contrário. Raramente penso na morte, mas não resisti a ler o livro: Morrer, é só não ser visto. Vi na tv a escritora a apresentar o seu livro e tive de o comprar.
O Piki nasceu no ano passado em 2009, e depois deste lindo acontecimento a minha mãe foi internada de urgência 2 vezes com um problema que nunca percebemos bem qual foi: AVC, AIT (Acidente Isquémico Transitório), descida ou subida de diabetes...? Fica a duvida. E nessa altura apercebi-me que eu já não era a bebé de quem ela cuidava, que ela já não era aquela jovem activa que cuidava de mim... esse papel agora pertencia-me a mim: Eu era mãe de um bebé! E a minha mãe? Era avó, uma senhora de idade já algo avançada...
Isto bateu-me forte. Acho que foi nesta altura que me apercebi que o relógio não pára e que qualquer dia os meus pais deixarão de cá estar para o que eu precisar. Para um simples beijo.
Nunca me faleceu ninguém muito perto de mim que me fizesse sofrer a sério. Faleceram os meus avós, e um amigo de verão mas como não tinha uma relação próxima com eles, fiquei triste mas nada daquela dor profunda que nos deita completamente abaixo.
Também perdi os meus bebés. Estes não os conheci, não tiveram um rosto, um nome, ... qualquer dia venho falar-vos deles.
Com a minha curiosidade natural quis saber como reagiam as outras pessoas à morte dos seus entes queridos, e foi por isso que resolvi ler o livro.
Foi um pouco estranho porque estamos nitidamente a ler a privacidade das pessoas que dão o seu testemunho. Mas gostei de ler, ao contrário do que se possa pensar foi uma leitura leve, nada pesada. Chorei, sorri, e compreendi o que as pessoas sentiram quando perderam alguém que gostariam que continuasse cá para sempre.
Algo que me deixou a pensar, no livro, foi que em dois dos testemunhos as pessoas referiram que um pai que perde um filho não tem nome. Quem perde o pai é órfão, que perde a esposa: viúvo, mas e quem perde um filho? Apesar de ser contra natura perder-se um filho devia haver um nome...
No livro falam na Anne Germain, por coincidência anda a passar agora na TVi um programa com ela. Supostamente a senhora recebe mensagens dos espíritos.
Não sei se acredito ou não. Esta área da morte e dos espíritos é um tema sobre o qual ainda não tenho opinião própria.
A senhora diz que os espíritos rodeiam-nos, há montes deles por todo o lado e que alguns seguem-nos e discretamente se mostram a nós. Eu não me lembro de te sentido nenhum, mas se calhar porque também não tenho assim alguém tão próximo de mim que tenha falecido e me quisesse contactar... só os meus bebés, ou os meus avós, um amigo meu que faleceu há muitos anos... ???
Quanto ao programa da Tvi, estava à espera de algo diferente. Não duvido da senhora nem deixo de duvidar, mas... falou-se ali de recordações, memórias, fotografias.... o que me diz que a senhora em vez de falar com espíritos simplesmente não faz hipnose e lê pensamentos?
Também achei estranho é que os espíritos estão sempre felizes e não têm problemas há sempre muito amor e coisas boas... Parece que a Anne diz às pessoas apenas aquilo que elas querem ouvir, e ninguém gosta de ouvir coisas más!
E outra coisa, toda a gente diz que não sabe como é depois da morte, que nunca ninguém voltou para contar, para onde vamos (se é que vamos) depois de morrermos? Então porque os espíritos não dizem isto à Anne e ela nos explica tudo...?
Porquê? Porquê? Porquê? ... Será que algum dia saberei? Voltará alguém para me contar? saberei eu quando morrer?
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quinta-feira, 1 de abril de 2010
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Ser perfeita na aparência e no carácter é contra a minha natureza. Adoro imperfeições e falhas. É bom cometer erros.
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3 Seres especiais comentaram :
É complicado isso não flor?
Eu "perdi" meus pais a pouco tempo, em 6 meses foi um depois o outro! É uma sensação muito ruim...fica uma cicatriz que parece que nunca mais vai sarar! Dói pra caramba...mas tenho que seguir né flor, fazer minha parte...tive uma boa educação, acredito que ainda eu tenha muito pra fazer e sei que eles ficam contentes c/ o fato de eu não desanimar. Mas...a morte realmente é uma grande incógnita.
Beijinhos.
Flores e Luz.
Os espíritos só nos contam aquilo que estamos preparados para saber. Creio que seja um esforço muito grande para eles poderem aproximar-se do nosso plano para comunicar connosco.
Fazem-no quando ficam assuntos pendentes, mal-resolvidos, e estamos inconformados e em grande sofrimento com a sua partida abrupta.
Quando estamos preparados para ouvir o que têm para nos dizer e pedimos que falem connosco.
Também eu já perguntei como são as coisas no plano em que eles estão, e não me responderam.
Existem muitos planos. A dimensão é maior do que aquela em que vivemos, muito maior. É colossal.
Existem planos mais escuros, outros assim-assim, e outros mais plenos.
De qualquer das formas, não devemos incomodar os que passam para o lado de lá. Eles estão num plano diferente, a caminhar, a libertar-se do que deixaram para trás.
Não sei se essa senhora é uma charlatã ou é honesta.
Mas aquilo que escrevi foi baseado na minha experiência.
Querida,
Se vc leu meu blog atentamente, já sabe que tive perdas significativas na minha vida. Não daquelas que nos deixam órfaos ou viúvos, mas daquelas que nos deixam sem nome.
Bem, sobre a morte, é um engano pensar que os espíritos não nos falam sobre como é o mundo espiritual.
No Brasil, há farta literatura a respeito, nos livros psicografados por Chico Xavier: Nosso Lar, por exemplo.
A obra de Allan Kardec também tem coisas interessantíssimas, como no O livro dos Espíritos, que responde a inúmeras questões.
E como disse a Hazel, nem tudo nos é permitido saber, bem como a eles nem tudo é permitido falar.
Outros livros nesse gêmero de espiritos que falam como vivem lá: Voletas na Janela, Voltei, Vivendo no Mundo dos Espíritos, Céu Azul.
É certo de que a obra de Chico Xavier vc enconra para baixar na interent.
Bjs flor!
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